domingo, 22 de janeiro de 2012

O estranho mundo de Hélio Gurovitz, editor da Época

Pois não é que Hélio Gurovitz mudou muito deste texto publicado no OI prá cá ? Vejam só suas últimas do jornalista, para o qual Michel Teló "revela que nossa identidade cultural tem valores básicos, capazes de conquistar o mundo e desmentir os preconceitos que possamos ter a respeito de nós mesmos”.  Para completar o Brasil que deu certo, além de Teló, o povo teria que ter eleito Zé Serra, para o jornalista o "mais preparado".  No mínimo estranho este mundo ideal de Gurovitz: Serra na política e Teló na cultura...
Do Blog do Madia

MICHEL TELÓ E HELIO GUROVITZ
Poucas vezes o editorial de uma revista semanal incensou tanto uma celebridade como o desta semana, de ÉPOCA, assinado por seu Diretor de Redação, HELIO GUROVITZ. A celebridade, paranaense de 30 anos, o cantor MICHEL TELÓ. Sobre MICHEL, e em  nome de ÉPOCA, GUROVITZ afirma, “Teló é hoje a maior expressão cultural da nova classe média no Brasil”. E, conclui, “O caso de Teló revela que nossa identidade cultural tem valores básicos, capazes de conquistar o mundo e desmentir os preconceitos que possamos ter a respeito de nós mesmos”. Vou prestar mais atenção considerando a sensibilidade de GUROVITZ, mas, e no mínimo, o Diretor de Redação de ÉPOCA escreveu seu texto em momento de descomunal, absurda, incontida e infinita generosidade.
Tem cheiro de jabá.
Se não me engano foi no domingo passado, em que nas duas vezes em que zapeando passei pela Globo, lá estava o tal Teló, primeiro no programa da Regina Casé, mais tarde no Faustão, que a cada domingo evidencia mais sua cara de enfastio.
Outras "qualidades jornalistas" ficaram explicítas no comportamento do jornalistas na campanha eleitoral de 2010, veja só como ele cuidou de apresentar aos seus (e)leitores Dilma e Serra
Dilma pela Época de Gurovitz:
Não dá para analisar as induções de Época ao leitor sem levarmos em conta toda a revista. Logo na carta do editor (pg. 8), Helio Gurovitz (Diretor de redação) começa o texto citando Tony Judt: “estudar a história evita a cometer os mesmos erros”. O editor diz que nesta edição serão apresentados “dados cruciais para o brasileiro que começa, nesta semana, a ser apresentado aos candidatos no horário eleitoral gratuito…”. Gurovitz garante que, por aquelas páginas, o leitor saberá tudo sobre o modo de pensar, agir e sentir da candidata do PT. Sobre Serra, a revista limita-se a dizer que ele se exilou, como se, sobre o tucano, não houvesse história alguma a ser contada. Mas sobre Dilma, há um passado inteiro de segredos a ser revelado.
Logo na página 13 há uma matéria sobre Leandro de Paula, o menino carioca que virou celebridade instantânea na internet ao fazer cobranças (e gravá-las) ao Presidente Lula e ao Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A revista fala que o garoto colocou Lula, Cabral e Benedita da Silva em maus lençóis, mas não explica como o vídeo do garoto foi parar no blog de Ricardo Gama, amigo da família Bolsonaro, arqui-rival do PT e da esquerda.  A Época avisa que em breve haverá um vídeo do garoto com Dilma. Se Leandro de Paula vendeu o vídeo para Gama, os jornalistas não apuraram.
Há uma menção a Serra, é na página 28. Nada de críticas ou revelações bombásticas, o pequeno texto fala apenas que o tucano não vai realizar mudanças bruscas na economia e tenta explicar isso ao empresariado.
Os principais marqueteiros de Dilma, Serra e Marina são apresentados na página 30.
As revelações sobre o passado de Dilma foram divididas em duas matérias. A primeira (pg. 34) tem o título DILMA NA LUTA ARMADA.

Vamos agora ao tratamento dispensado a Serra, pelo mesmo Gurovitz:












José Serra: "Estou mais preparado"
O HOMEM E O DESTINO
José Serra, ao ser fotografado por ÉPOCA na última quinta-feira. Ele diz que chegar à Presidência não é uma questão apenas de projeto pessoal
José Serra começa sua nona eleitoral – a segunda em que disputa a Presidência da República – com a confiança em alta. O embate contra a ex-ministra Dilma Rousseff, a candidata do PT, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete ser dificílimo. Mas Serra exibia, dois dias antes de ser aclamado como o candidato do PSDB, a segurança dos políticos calejados. “Aprendi com a derrota. Aprendi com a reflexão. Aprendi com a prefeitura. Aprendi com o governo de São Paulo. Eu me considerava preparado em 2002. Mas hoje estou mais preparado”, disse Serra, na entrevista que concedeu a ÉPOCA, na última quinta-feira.
Essa confiança é alimentada pelas pesquisas eleitorais. Elas apontam uma preferência sólida de 35% do eleitorado, praticamente inalterada desde o ano passado.Alimenta-se também da longa trajetória de quem começou como líder estudantil e chegou a governador de São Paulo – último de seus cargos – e já enfrentou todo tipo de situação numa carreira de quase 50 anos. “Eu me considero preparado para esse desafio. É algo para o qual eu talvez tenha me preparado a vida inteira. Mas você se candidatar e chegar à Presidência, além de uma decisão pessoal, envolve muito destino.” Na entrevista, além de dizer o que espera da campanha – um debate sobre o futuro do Brasil –, Serra revelou suas ideias sobre temas tão variados como o papel do Estado, educação, saúde, autonomia do Banco Central, política econômica, aborto e descriminalização da maconha.(....)

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